Trabalhar é péssimo. Mas não ter o que fazer no trabalho estando no trabalho e se ver sentado em frente ao computador é terrível. Dá impressão de que a internet ficou pequena, sobretudo quando não se tem acesso ao msn, quando não se tem caixas de som, quando todos os sites interessantes são bloqueados e principalmente quando todas as pessoas que trabalham com você estão ocupadas e não podem falar mal de outro alguém pelo sistema interno da empresa.
Ou melhor, é muito bom não ter o que fazer no trabalho, péssimo é ter que fingir que se está trabalhando uma vez que tem um chefe passando por você de dois em dois minutos.
Resolvi então escrever essa teoria bobinha, mas é que pelo menos, usando o word e não a internet, não restam dúvidas de que eu estou trabalhando mesmo eu não estando.
Esse sistema é muito burro. As pessoas pensam que pessoas que escrevem estão ocupadas com coisas sérias e jamais atribuem entretenimento a um punhado de palavras misturadas que enganam e deixam bem impressionado qualquer idiota que passe aqui atrás.
A madame Ç acabou de me mostrar uma planilha enorme, impressa e remendada, formando quase um metro de papel em comprimento, que ela vai pendurar no quadro de cortiça dela com seus afazeres para a próxima semana. Acho que depois dessa teoria que não me levará a conclusão alguma, eu vou abrir o Excel e fazer uma planilha com meus gastos mensais onde eu vou estimar quanto eu preciso economizar até a minha viagem, simulando uma análise de vendas na internet no mês de abril.
Abro meu email e percebo que na mesma situação que eu se encontram mais pelo menos dez pessoas. Lançaram um convite pra um chopp pós “sirviçu” e provavelmente isso vai ser assunto por mais pelo menos duas horas, uma vez que umas 15 pessoas responderam imediatamente.
A falta do que fazer é tanta que me faltam argumentos para embasar minha teoria. Vou parar essa por aqui e tentar uma outra.